Vamos falar de poesia? Vamos falar de Manoel de Barros.

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Alguém aí gosta de poesia? Lê ou escreve? Alguém aí se compreende com poesia?

Nós da Esboço amamos poesia, escrevemos e lemos. Por isso, hoje falaremos de um poeta por nós admirado: Manoel de Barros.

“Ficar à toa é ficar à disposição da poesia. Eu comprei o ócio. Então eu posso ser o vagabundo profissional como eu sou agora”

Manoel de Barros

Manoel de Barros é um dos poetas mais conhecidos do Brasil e ganhou inúmeros prêmios de literatura. Sua poesia é espontânea e inovadora, na medida em que não se preocupa com métrica, rima ou padrões estéticos. O precioso poeta faleceu no dia 13 de novembro de 2014, então neste ano completam-se 5 anos da sua morte.

“Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo que eu fui salvo”

Manoel de Barros

Em relação à temática, Manoel parece não se apegar à finalidade dos objetos. Isso quer dizer que na poesia de Manoel as coisas não são usadas mais para seus objetivos iniciais e básicos. Elas passam a ter inúmeras finalidades: o chão que não serve mais para ser pisado, o amanhecer que pode ser construido ou um grilo que é mais importante que um navio. As pequenas coisas que foram jogadas fora, que enferrujaram ganham papel principal no olhar do poeta. Há um toque de infância em sua linguagem, a qual vem acompanhada de cheiros, barulhos e sensações.

“ A palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo “

Manoel de Barros

Seu irmão, Abílio, diz que acha que Manoel “talvez seja o último poeta do mundo em tempo integral”.

Manoel de Barros tinha como inspiração os sermões de Padre Vieira, Charles Chaplim, seu amigo Palmiro e seus filhos quando criança também encheram seus olhos de ideias.

“Há muitas maneiras de não dizer nada
Mas só a poesia é verdadeira”

Manoel de Barros

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